LÍNGUA PORTUGUESA VIII
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Conceito de textualidade Empty Conceito de textualidade

Seg Abr 09, 2018 5:40 pm
Conceito de textualidade

Como vocês podem observar a pesquisadora Costa Val, inicia a reflexão argumentando acerca das características que fazem do texto um “texto”, e não apenas uma sequência desordenada de frases. Ampliando a análise da pesquisadora, podemos também verificar:

“Bem, se você achar que o texto é um artefato linguístico formado pela combinação de letras (ou sons) que formam palavras que rotulam coisas ou pelo estado das coisas dom mundo real que formam sentenças que têm um sentido literal que existem textos totalmente explícitos descontextualizados e autônomos que para produzir e compreender textos basta dominar o código etc., é claro que a resposta só será negativa”.

Ingeedore Grunfeld Villaça Koch, In “Desvendando os segredos do texto” (texto adaptado).

Com base nas leituras iniciais, em sua concepção, “o que faz com que um texto seja um texto”, reflita e poste seu ponto de vista, respaldado nos pesquisadores Koch e Costa Val.
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Conceito de textualidade Empty Três momentos tipológicos

Seg Abr 09, 2018 6:08 pm
Três momentos tipológicos

Assim, com base nas palavras iniciais da Costa Val e em Koch, iniciaremos os estudos abordando a concepção da Maria-Elisabeth Conte, sobre a Linguística Textual, com base em seus “três momentos tipológicos”:

1° O primeiro momento destacado pela Conte diz respeito à análise “transfrástica”:
As análises transfrásticas ainda não consideram o texto como o objeto de análise, pois o percurso ainda é da frase para o texto. Aliás, as análises transfrásticas surgiram a partir da observação de que certos fenômenos não poderiam ser explicados pelas teorias vigentes na época (estruturalismo e gramática gerativa), por ultrapassarem os limites da frase simples e complexa: a co-referenciação (anáfora); a correlação de tempos verbais (“consecutio temporum”); o uso de conectores interfrasais; o uso de elementos e indefinidos.
Análise: Verifique-se, no fragmento acima, a presença dos conectores interfrásticos (afinal, portanto); a presença de relações anafóricas entre termos situados em frases diferentes (o presidente, retomando Lula; as elipses – afinal, revelam, têm – que remetem escândalos; o problema, referindo-se a corrupção); o emprego dos tempos verbais (presente e futuro).

2° No segundo momento, Conte destaca a unidade “lógico-semântica”:

Neste momento, os estudos da Linguística Textual apoiaram-se no objetivo de criar gramáticas textuais. Para os estudiosos dessa fase, texto é um sistema uniforme, estável e abstrato.

"As gramáticas textuais, pela primeira vez, propuseram o texto como o objeto central da Linguística e, assim, procuraram estabelecer um sistema de regras finito e recorrente, partilhado (internalizado) por todos os usuários de uma língua. Esse conjunto de regras constitui a competência textual de cada usuário e permite aos usuários diferenciar entre um conjunto aleatório de palavras ou frases, ou um texto dotado de sentido pleno. Outras manifestações dessa competência são a capacidade de resumir ou parafrasear um texto, perceber se ele está completo ou incompleto, produzir outros textos a partir dele, atribuir-lhe um título, diferenciar as partes constitutivas dele e estabelecer as relações entre essas partes".

Admite que o falante possua três capacidades básicas:
1. Capacidade formativa (produz e compreende).
2. Capacidade transformativa (reformular, para fasear e resumir).
3. Capacidade qualificativa (reconhecer e tipificar: narração, descrição e argumentação).


3º Por fim, Conte, postula sobre as teorias do texto em que os aspectos pragmáticos assumem status privilegiados. Nessa fase, buscam-se investigar a constituição, o funcionamento, a produção e a compreensão dos textos em uso; considerando o contexto pragmático.
Finalmente, o que significa “pragmático”?!

A pragmática foi analisada em 1977 como o lado concreto da linguagem, ou seja, vendo-se como os usuários e usuárias de uma língua a usam em sua prática linguística por um lado e por outro o estudo das condições que governam essa prática. Estuda-se primeiramente o uso da linguagem, partindo-se dos estudos de Saussure que defende que a língua é objeto de estudo da Linguística e a Pragmática leva em conta a fala, a língua em uso.
Uma das discussões entre diversos estudiosos dos assuntos linguísticos tem a ver com a formulação gramatical das frases, quer dizer, a maior preocupação seria os falantes de uma língua expressarem-se de acordo com as normas gramaticais vigentes e que não poderiam incorrer em construções gramaticais que fosse mal formuladas, o que converteria a Pragmática em um “depósito de todo tipo de considerações extragramaticais e dos efeitos desses fatores na forma gramatical e léxica”.
Segundo a Pragmática o contexto dentro do qual a comunicação foi efetivada influi na compreensão do enunciado emitido, assim se uma pessoa diz à outra: Como está frio aqui se pode entender pelo contexto um pedido para que a janela seja fechada. Isso vai depender das condições que de domínio da linguagem do interlocutor dessa pessoa. Quem estuda os atos de fala é Searle, que segundo ele são unidades da comunicação linguística e se realizam de acordo com regras. No exemplo acima a frase conota o ato linguístico de pedir e o ouvinte pode ser capaz de fazer o que é pedido, como regra constitutiva.
A Pragmática, a Sociolinguística e a Análise da Conversação estudam a comunicação linguística na complexidade de seus contextos, sendo que a Pragmática trabalha com enunciados construídos e se concentra no estudo dos processos de inferência pelos quais compreendemos o que está implícito.

Fonte: PINTO, J.P. Pragmática. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (orgs.)  Introdução à Linguística. São Paulo: Cortez, 2004. (texto adaptado).

Após conhecer os “três momentos” tipológicos da Conte, postem no fórum, com base nas leituras realizadas, o ponto de vista de vocês sobre a discussão realizada.
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Conceito de textualidade Empty Re: Conceito de textualidade

Qui Abr 12, 2018 3:38 pm
O texto é construído por meio de frases, mas não um conjunto de regras gramaticais , é preciso toda uma construção de sentido que se dá por meio da coesão e coerência , desde a escolha do titulo até o fim do texto. Em volta do texto deve-se ter todo um processo de informações ligadas ao contexto, que servirá de uma melhor compreensão para todas ações que ocorrem em volta dele, e que serão compreendidas pelo leitor.

Thallyne Mikaelle
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